12.12.06

...porque a tristeza é o samba que balança...

e seu eu parar de dançar, o mundo pára comigo.
e se eu parar de gostar, ninguém vai gozar contigo.
e se eu parar pra pensar, eu duvido.

10.12.06

21.11.06

Com vocês eu termino um sonho.


Há quatro anos era coisa distante; e agora escorre por entre meus dedos e não há mais como segurar. Passou como água de bica.
Vocês me fizeram tão bem quanto ar e vinho =) Vocês me ensinaram a fazer a roda girar mais rápido e também menos depressa. Amém. Meus dias de trabalho viraram poemas, cheios de ansiedade, amor e desejo - do jeito que eu gosto, intenso e com tempo faltando. Meu trabalho e engajamento foram viscerais. O concreto e real sempre existiu e se tornou um pouco menos árduo porque eu sabia que ali, ali estava uma base para a qual eu poderia recorrer. Vocês me fizeram falar.
Mais pérolas infames que brigas; mais preocupações que medo. Uma ansiedade toda junta e uma consciência de que a vida não pode ser feita só de neuroses. Acalmemos. Todos com seus tantos defeitos.

Nós saboreamos todos os momentos; das curtas férias até os que nos reunimos para simplesmente passar uma lista de pendências interminável que se repetia dia após dia. Nós fizemos um trato, de comprometimento; e entre alguns deslizes, fizemos tudo o que nos cabia, terminamos em grande estilo o que nos propusemos a fazer; e iniciamos.
Vocês seguem por aí e eu por aqui, mas eu nunca, jamais, vou esquecer do nome que defendemos até a última gota, Vox. A nossa voz foi aceita por outrem e isso está aqui na minha pele, feito tatuagem.
As minhas expectativas foram superadas. Pegarei meu diploma e sairei andando pela rua, sem lenço, sem nada. Disso vocês nunca duvidaram =D e o que vou esperar de vocês é que sejam mais, mais horizonte distante a cada avenida cruzada e email enviado. Que cada um de nós faça o muito que lhe cabe, sozinho, de agora em diante. E eu tenho certeza, eu farei. Vocês o farão. E só o que eu espero é poder aplaudi-los de pé, numa outra platéia, repleta de orgulho.

Somos Vóxicos, da Voxie. De dialeto próprio. Unimos o útil (nós) ao agradável (nosso modo de lidar); algumas coisas - pode ser até uma dobrinha - vão mudar de lugar, mas seremos os primeiros a saber uns dos outros, sempre que quisermos. Nossa vida é massa; é live. E isso não poderemos esquecer nunca. Porque só assim se vive, tendo na carteira, grandes e bons momentos.

Congrats, friendinhos.
Vocês são estranhos, mas eu gosto pacas.

16.11.06

Eu -nós- Tu

São Paulo, 16 de novembro de 2006


Pra você deixo um beijo especial; no canto inferior da bochecha direita, mais perto do ossinho. Um beijo e um aperto, porque estou um pouco perdida com relação aos meus sentimentos e porque esse término está me deixando um pouco frágil. E eu até gostaria de te falar tudo isso, mas não sai. Por você e por mim, não dá.
Que essa ‘fraqueza’ passa, eu sei. Sei bem que você me diria isso agora, de longe e com toda a impassibilidade do mundo. Vai passar =)

Deixo um agradecimento especial, porque entre todo o restante, nos suportamos. Porque o gole d'água que eu te dava e o sorriso que você me devolvia fazia amenizar um pouco a ansiedade daquela loucura toda. Muito porque, entre uma ou outra pendência, uma ou outra coisa que ia se resolvendo ou aparecia para resolver, você me indicava uma música e me fazia gostar mais ainda de ti. Quantas brigas e xingamentos para poucos momentos de alegria. Quantas alegrias, papos desconexos para poucas horas livres. Quanta coisa em tão pouco tempo! Nosso café da manhã, nossos almoços e nossas idas e vindas não seriam as mesmas, tão simples e suaves. Quase infantis. Você 'mirrita' e não me vê, mas repete as frases insistentemente quando não ouço. E talvez isso baste.
Porque era bonito o ideal que tínhamos e os esforços que não medíamos para chegar até ele. Nosso sonho um dia foi o mesmo e você sabe, iremos em busca de outros, senão não seremos. E você contribuiu para que se moldassem outros tantos em mim.

O nosso estado é insano. Apego e desapego, a todo momento. Todo o cansaço esboçado em nosso rosto só nos permitia ver o quanto seríamos capazes, separados, juntos. Fazendo por todos, fazendo por nós.
Eu fiz o que pude por você. Eu te dei todo o meu amor e carinho. Também te dei minha aversão, porque se você bem se lembra, somos feitos daquela mesma madeira que os nossos sonhos, somos de cinzas e pó; não é fácil suportar, mas dissolvemos as palavras mal ditas no ar, e fazemos espalhar como a fumaça de um cigarro. E fazemos o resto; e passamos por cima de tantas outras coisas como dois velhos maduros.

Te admiro como sempre admirei. Finjo entender muitas vezes as coisas com as quais não concordo. Parabenizo-te por ser quem é - e já adiantado -, por chegar onde vai chegar. Porque você vai, entre um sono e outro, entre um orgulho e outro, entre as neuroses do caminho. Você vai que nem pétala de rosa ao vento, você vai num poema concreto, como um sonho bem real, sentido Morro Grande. Você vai.

Mil coisas faltaram aqui, mas também tanta coisa aconteceu... Nós fazemos história a cada cinco minutos que passamos juntos, não caberia.
Te gosto pacas e já estou com saudade quando entro no Messenger e não te vejo, embora não nos falemos de fim de semana.
Obigado,


Bu

12.10.06

arte

a arte de diagramar
de trabalhar em grupo
de se curar de um resfriado
de passar muitas horas acordada
de trabalhar em 3 empregos e fazer facu

e continuar tendo metas
e continuar lendo um livro
e continuar ouvindo música
é coisa pra quem vive,
e continua

espirrando, mas sorrindo
o dia da engorda está aí
e ai, não vou comer muito
mas rir, até doer a barriga


a arte está no respiro, no mouse, no tudo
um mosquitinho de banheiro acabou de morrer ao meu lado.

1.10.06

na votação, com nariz de palhaço.
no dia-a-dia, também:

Eu não ‘posto’ faz mais de mês. Não vou dizer que é o TCC não, como eu tenho dito o tempo inteiro, porque quando vem a vontade, a inspiração, o acontecimento, a gente escreve o texto e pronto. Na verdade, não estou tendo espaço em branco na agendinha do cérebro, pra conseguir pensar em escrever. Ela anda falhando um pouco. Deve ser isso.


Como estou?
Estou bem, de vez em quando rola uma crise existencial, do tipo ‘por que estou aqui se vou morrer e tal', mas nada que não passe em menos de 10 minutos. Ufa. Um dia ainda faço filosofia e fico mais boba.

O que ando fazendo?
De dia, trabalhando. Os dias na Click passam rápido. Muita gente, muito trabalho. Prazeroso, eu diria. De noite, na facu, reuniões de grupo e afazeres do TCC. No meio do caminho, Comissão de Formatura, resolvendo todos os problemas técnicos, humanos etc do mundo.

Como estão meus amigos?
Os da facu eu vejo mais, embora o TCC atrapalhe um bocado, sempre temos umas datas como o ‘Dia da Engorda’, que acontece desde 2003. Os dos colégios, nunca mais. Os da rua, existe um contato esporádico, e também pelo coração. Os da Click têm me dado vários momentos de boas risadas e boas conversas. Todos andam bem. Muitos já com filhos, ai.

Family?
É pra quem resta menos tempo, né?! Papai longe, mamãe trabalhando, irmãos. Quem vejo e falo mais é meu irmão Di, porque dependemos um do outro para caronas. Se não fosse isso, nos veríamos das 0h às 0h15, todos os dias, também. Com o resto de minha família, ando mais do que desleixada. Que besteira fazer isso.

Diversão?
Sim, jamais vou deixar de lado. Saio, saio sim. Ouço música e não deixo a peteca cair, porque afinal, se me convidaram ao mundo para estudar e trabalhar, tô é bem fora.

Projeções?
Sim, sim.
Dando passinhos miúdos na carreira publicitária. Arrumando toda a minha festa de formatura. Fazer teatro e me desinibir de uma vez. Continuar o inglês e parar de enrolar pra falar. Comprar um carrinho, ajudar mais em casa, comprar meu loft.


E por aí vamos andando. Bem devagar. Porque depressa não se chega ao longe.
Será, Bruna?

10.8.06

Fácil sentir

Antes a gente pudesse:
juntava um dinheirinho e, ó só, comprava um Amor em qualquer esquina.

Seria massa.

2.8.06

Certo?

Aí é que tá: eu concordo. Acho eu, que concordo até certo ponto.
E este ponto, existe?
Quando posso discordar?

Desmundo.



Não existe certo ou errado. Tudo depende do seu ponto de vista.

A mesma coisa pode ser certa para uma pessoa e errada para uma outra, porque depende da pessoa. A mesma coisa pode em um momento estar certa para uma pessoa, e em outro momento pode estar errada, porque depende da situação.

Ensinaram-lhe categorias aristotélicas. Isso está certo e aquilo está errado, isso é branco e aquilo é preto, isso é Deus e aquilo é o demônio. Essas categorias são falsas. A vida não está dividida em preto e branco, muito dela é mais como o cinza.

E se você observar muito profundamente, o branco é um extremo do cinza, e o preto é um outro extremo, mas a extensão é do cinza. A realidade é cinza. Precisa ser assim, porque em nenhum lugar ela está dividida. Não existem compartimentos estanques em lugar algum. Essas são tolas categorizações, mas foram implantadas em nossa mente.

Certo e errado seguem mudando continuamente. Então, o que fazer? Se alguém desejar decidir absolutamente, ficará paralisado, não será capaz de agir. Se você quiser agir somente quando tiver uma decisão absoluta sobre o que é certo, ficará paralisado e não será capaz de agir. Você precisa agir, e agir em um mundo relativo. Não existe uma decisão absoluta; portanto, não espere por ela. Simplesmente observe, perceba, e tudo o que você achar que é certo faça-o.

Ad

27.7.06

quarta insana


e eu sei lá porque...
eu quero um pouco mais de criação e menos confusão

eu quero é dar certo
eu quero aquele papo
eu não quero o trapo

quero cerveja gelada e copo na mão
ô chico, que confusão!


quero que você pule, para cima
e tenha uma leve dor nos joelhos
mas que não evite o ato...
e saia correndo
e acenando um tchau,
psiu, apenas acene, nem lacrimeje

sorrindo e dizendo
se eu não te levo tu me leva
se tu não me leva eu te levo
somos de fato, um trato

voa vento voa
não fica descompassado
faz o teu caminho
que a brisa desse novo inverno
há de ficar, como ficou
há de passar
há de ser outra brisa

azul como tu
azul com nosso mar

5.7.06

o 'Bundinha' de todo dia



Esse troço de Parabéns é muito chato mesmo, né?!
A gente chega na pessoa, não sabe se abraça, se beija, se solta aquela frase piegas, se dá um tapinha nas costas... É todo mundo fazendo a mesma coisa o dia inteiro, seguida de um: - Quantos anos? Tá ficando velho, hein?! ou - Nossa, queria eu ter essa idade, idade de ouro!

Mirrita. E irrita a você também, aposto. Como quase tudo que concordamos. Nessa vida insana que a gente leva.

Bom mesmo é sorrir um sorriso sincero, e dar mais um abraço, 'que nem igual' a todos os dias =) Sorrisão do tamanho do mundo.


Agrício, Fabrício, Fabixu... Só vou te parabenizar pelas coisas que você realmente faz, não por essa idade que não conta nada. Ainda mais porque se contasse você tava fucks! Eu até poderia mencionar que agora você é 'de maior' e pode casar e ser preso, mas essa função eu deixo pra sua mãe, tia querida, hehehe.

Bom, o parabéns então é por você conseguir ser todo esse poço de ridiculeza. Essa criatura única que é você, que quando eu falo: - Veja bem o que voce anda fazendo! você já sabe que não dá porque você nunca está de óculos. Que fica o dia inteiro falando baboseira atrás de baboseira, que é louco, buuuuuurroooo, que podia e pode fazer o que quiser, como quiser. Podia ou não podia? Que tem TOC, que é neurótico, que fica me perguntando se eu tenho brochove. Que gosta duma Gordinha, que sempre tem tempo porque o relógio do WLM marca 14h10, então estamos sempre no horário, que me pergunta se eu fumei um backspace e fiquei lock, aí quando eu solto uma gargalhada me vira e fala - Não consegue ctrl a risada? Não é Home pra isso?

Abaixo uma das suas loucuras diárias. Tudo bem que tem todo um toque de continuidade meu, senão sua criatividade ia ser quase igual a zero, se passasse por um filtro, mas segue aí, só pra você lembrar e rir um pouco.
Te gosto muito, Guri.
Vai com tudo, que com certeza, é tua!



- Eu Nintendo o que você fala.
Sabe, to aqui Master preocupado...
Mega te ouvindo,
mas eu Nintendo.
Por que? Você não Sega rante?
Aliás, Rambo ra que horas hoje?
Tem show da Sonic inha né? Com Chico.
E de moto, rola?
esSie mens vou vender meu VR de novo.
Eu diria mais... Só se ford fiesta, beleza.
Eu não gosto daquele pessoal de interface, sabia? Eles sam sung
Eu? Parar? Fala pro sonic: Para, sonic!
Para guai?
Para glaider???
Não deu.



Amo.

2.7.06

Vida e Filosofia

De tanto pensar, o burro preferiu morrer...

Eu só espero que estas férias não me façam mal.

27.6.06

Eu era feliz e bem sabia

Eu era feliz,
brincava de baldinho,
fazia a lição de casa,
ia pra escola,
fazia massagem na tia,
prestava atenção na aula,
voltava pra casa de ônibus escolar,
tinha janta da mamãe,
pulava na piscina,
e mergulhava em grandes sonhos.

boa noite filha!
e a coberta me fazia ninar...

prima e tios, festas com velinha, casa cheia de gente.
almoço de domingo com histórias de papai.


Eu era feliz,
e cresci.
dava o meu primeiro beijo
ia pra escola
era do time de hand e queimada
pulava com a torcida do colégio
(e minha mãe fazia musiquinhas e pompom)
assistia tv à tarde
ia para as festinhas
me preocupava com o telefone tocar
tinha muitos amigos; amigos.
tinha muitos sorrisos.


Eu era feliz,
e quando espertinha
comecei a trabalhar
ganhei mais família, mais conhecimento
gastava tudo em diversão
via o tempo passar, enquanto achava que não passaria.


Eu era feliz
vestibular, faculdade, pessoas
um mundo que só eu conheci,
que tenho formatado aqui dentro
tudo era demais, todos eram demais
qualquer coisa era bem vinda nessa vida
a novidade que não cabia em si.
hormônios x segundos
eu trabalhava, fazia toda a questão de estar na paulista
tudo me bastava
a alegria escorria pelo ar.

Eu era feliz
e depois disso não me lembro de mais nada
nunca mais fiz aniversário
tratei de seguir a vida como ela me pediu
e vivo num quadrado escuro
bato papo com psicólogo
com rugas e muita idade


Eu era feliz, e bem sabia:
que hoje eu não seria.


neurose
desentendimento
impaciência
mágoa
egoísmo
crescimento
preocupação
desafeto
retrabalho
desvontade
decepção
desabono
erros, erros, erros
e sono, muito sono.


Eu era feliz;
e hoje, eu pararia.

24.6.06

quando eu digo 'não sei'
é porque eu realmente não sei

eu lhe sou sincera, sempre fui.
eu lhe abri o coração, com razão.
e um sorriso... dez.
abri mais do que eu devia.

agora deixo assim, em mim:
um pé preso na gargantilha que você me deu
e a alma solta, parece que tem três asas.

lágrima, pequena curta gota, só do olho esquerdo
então não se preocupe!
foi bom o grito que demos juntos
uma pena que o meu tenha voado mais alto.

eco.
porque o eco volta para o ponto de partida.

eu sou realista, eu disse uma vez?
enquanto você vai lutar pela vida
eu saio para dar uma voltinha, arejar.
mas antes do entardecer, eu volto
vivendo uma nova loucura.

18.6.06

É moçada...

Não parece ter sido o último. O costume já não faz mais parecer ser o primeiro.
Foi bom, valeu, adeus... NO JUCA!!!

Mentes insanas, corpos dançantes, música alta, sujeira, pessoas, ritmos, risadas, barracas, comidas, banhos, fofocas, beijos, bateria, torcida, adversários, baladas, perdas, ganhos, colchão, ar, amizades, bebice, pegação, gritarias, hinos, ninguém dorme, costa do marfim, bracinho, boneca, delífias, bichos, caronas, simpatia, gente educada, festa junina, ônibus atolado, vai com um, volta com outro, prazer chocolate, camisinha, casa comigo, unha quebrada, truco, dança de um pé só, estádio, hotel, pizzaria, fotos, filmes, escova de dentes, sabonete comunitário, comi de forma, bar, conceitos, sunguelice, amorrr, ótico, não me torra, fogos, cerveja, sono, suor;
e tanta, mas tanta coisa, que eu sei que jájá a saudade vai me dar um belo de um soco na cara.


...Só eu sei porque eu não fico em casa!

6.6.06

Mais triste que dor de dente

- job alocado para junho/2006


Como se eu pudesse descrever... Como se eu não tivesse sido boba o suficiente e ao invés de falar tudo o que tinha combinado comigo mesma, não tivesse só me posto a chorar, feito criança, que chora choro doído, de dor no coração...

Foi um começo. E eu vim aqui explicar; ou comentar o porquê disso tudo.
Talvez por causa desse jeito seu, tão perceptivelmente parecido com o meu. Talvez por sermos do mesmo signo ou por você se importar com as pequenas coisas e com as pessoas ao redor, tão igual a mim.
Foi difícil e fácil ao mesmo tempo. Foi estranho eu ter alguém tão segura de mim, que me escolheu por ‘sentir’ que tinha de ser eu, que confia, que me escolhe uma roupa, que me faz alcançar os objetivos mais rápido, que se preocupa, que me faz sentir mais dona de mim mesma.

Houve uma conquista. Que não ficou estampada para quem quisesse ver. Ficou pairando na distância entre a minha cadeira e a sua. E eu mesma só percebi tudo isso quando ouvi que você iria. Iria não sei pra onde, porque as palavras entraram e fugiram tão rápido da minha cabeça que eu nem lembrava pra contar. E daí meu coração sorriu por você e estremeceu por mim. Doeu naquela hora. Então eu reparei na pontezinha que construímos entre a gente nesses poucos meses. Sete meses que me fizeram te admirar cada dia mais.

Trabalhar de forma serena, com o usual ‘sim, daremos um jeito’ e se fazendo acertar. Com calma e competência eu aprendi a falar ‘não’ com sorriso, e distribuir ‘sims’ quando se podia. Aprendi a controlar certas tolas ansiedades – não que eu controle todas! – e a manter um certo eixo. A falar baixo e não ter receio da sinceridade completa.

Foram manhãs engraçadas com histórias diferentes sobre o seu 'amore', sobre alguma coisa que você tinha esquecido em casa, a lavanderia, algum diz-que-diz da AgênciaClick ou outra coisa qualquer, jeito seu de ser. Mensagens no celular. Beijo na cabeça de ‘bom dia’.
Tardes intensas, com pedidos meus, ajudas suas, e vice-verso, correrias, prêmios, PCs, TCP, historinhas para o AgenteClick, emails sem querer pro !Geral às 10 pras 6 da tarde, pessoas pessoas e pessoas com pedidos pedidos e pedidos e eu sempre ali, ouvindo você acalmar a si e ao outro e fazer acontecer de algum modo. Por vezes eu também ria – e te imitava - com seu modo diferente de se distrair e deixar o outro falando sozinho sem culpa alguma.
Sorriso com boca anestesiada, danone e barrinha doce, conversas Fê-Fabixu no lounge, dia de fruta, banana e goiaba, campanha anti-tabagismo, época de faculdade, caras e bocas...
As únicas reclamações que tenho são de você dominando o meu mouse ou me dando umas broncas, mais do que sutis.

Eu molecona, você mulher. Mulherão pra mais de metro, vaidosa, cabeleireiro uma vez por semana =)
Nós, all star. Azul e preto. Eu, com toda a indecisão do mundo; você, com a certeza quase que exata. Você Brasília, eu São Paulo; pronúncia diferente. Nós duas e os nossos 20 e tão poucos anos...

Estagiária defendida a fundo na Criação, com direito a esquecer o email que tinha acabado de ler, sem levar bronca, sair às 18h, conversar sobre a Comissão de Formatura, sogras, o TCC, Cásper, o inglês, o espanhol, ligar na madrugada pra pedir pra chegar mais tarde, as pessoas, as coisas, e a dor de dente!

Manhã de sábado na Zezé Paulino, casamento de amigos, almoços, unhas, café no shopping, conversas de banheiro, sala de reuniões... Muitas vezes eu sem graça, ainda meio tímida, essa bobeira passou.

Agora você não tem mais uma surdinha por perto, nem ninguém que levanta de 5 em 5 minutos e chama ‘Mas Ka, que eu faço com isso?’ ‘Ka, a Carol tá causando’ ‘Seu celular tocou’ ‘Ka, me ajuda com a agenda?’. Eu não escutava, você me compreendia. Saudade.

De você, vou levar muitas coisas. Além dos ‘Aprenda com os erros dos outros’; ‘Nunca passe por cima dos seus objetivos’ ‘Concentração, vai!’ ‘Não vou te deixar órfã’... Vou levar uma lembrança de capacidade e confiança muito forte, de pessoa bacana, de sorriso bonito, de pinta no rosto e pé 39. Voz calma, gargalhada escandalosa, jeito manso até pra ser firme. Admirável, amável.

Acho que o que fica é a ansiedade de lidar com todo esse ‘novo’, que é sem você, que é de reconquistar uma nova chefe e conseguir não fazer comparações. Não...! O que fica é a incerteza do que vai ser e a certeza de que foi bacana. Bem bacana. (e você ganhou o campeonato de chefes por causa do ovo de Páscoa).
Fica uma guria mais segura do que faz, com mais mil e uma coisas aprendidas, com a ganância de querer encontrar mais pessoas assim pela vida, com mais astúcia e esperteza, mais dócil, mais competente, mais profissional. Fica o seu xodó super fazendo um bom trabalho parecido, por ou sem querer, com o seu.

O seu último desejo concebido: estou eu, de rosto limpo, olhos mais claros e sobrancelha maravilhosa. Feliz assim? Eu também.

Foi duro o até logo, mas foi muito, muito bom tirar a limpo essa história de que ‘chefe é chefe’ e perceber alguém assim, você mesma. Com honestidade, glamour e espontaneidade. Obrigada por tudo, pelo aprendizado, pela convivência. Obrigada por ser assim e por me dar a oportunidade de te conhecer. Vá com tudo pelo novo tão ansiado, que a gente se vê logo menos!

Abraço e beijos apertados, bem apertados.


Bu.
www.andardaelite.blogspot.com

22.5.06

por conse: "Eu me sinto segura com você"

É satisfação.
É quando você sente alguém pensando como você; e quando não, respeitando.
É quando pedir ajuda é troca direta
É se sentir segura para tomar uma atitude.
É ouvir muitos elogios e poucas críticas.
É evidenciarem que você é elemento chave, que faz a coisa funcionar.
É saber que é bom você estar presente.
É sentir que sem ele, não podemos começar.
É esperar o seu palpite. Seu ajuizado palpite.
É ter o mesmo humor. Ou quase o mesmo humor.
É fazer as coisas com entrega, com começo meio e fim.
É não se abalar com quase nada.
É estar sempre disposto pra mim. Muito bem disposto.
É viver com alegria, e eu saber porquê.
É gostar de português, usar menos reticências num email, ser sincero com as pessoas.
É tomar café eu e chá você, em recintos separados, mas juntos e rindo pra tela do computador.
É ter 21 anos, risada mansa, pulso firme, jeito acolhedor.
É saber da sua mãe, do seu romantismo, do seu emprego.
É um monte de coisas, que eu só sei falar mais ou menos, porque a cada dia descubro mais.

Sei que o seu jeito me atrai. É bom admirar pessoas por perceber que elas, além de fazerem suas manhãs, tardes e noites, melhores, colaboram para que você mude, para que você se torne outro e outro e outro. E se isso nunca acabar, será ótimo.

É um grande prazer estar com você.
Um brinde a mim, a você, à felicidade alheia que conseguimos, e a estarmos juntos brindando este último copo de fim de noite.

17.5.06

poesia sem corantes


cabelos brancos bastam.
velhice.
prazer admirá-los.
adoro vosso purismo.
juro serem verdadeiros.

quando eu envelhecer,
não quero estar aqui;
quero estar pra ver aos outros.

café,
boina,
suspensório,
sapatos,
numa rodoviária qualquer;

felizes.


guaru_15/05/2006

6.5.06

Amor sim, amor não. Amor não.

Reunião da Comissão de Formatura, queridos.
Chefe indo embora, tristeza.
Menina mimada xingando o pai, revolta.
Estréia da peça de um amigo, orgulho.
Panquecas na tarde de sábado, amizade.
Conversas neuróticas, estado de espírito.
Um cobertor, dois corpos, prazer.
Professor indecente, desrespeito.
Músicas mil, ar.
Fome de textos, encanto.
Embreagem, freio, acelerador, satisfação.

Viver, constante doação. Que se esvai às quatro ventanias.

3.5.06

Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realidade

dizia - ainda que bem - Raul.
Canta hoje, Marisa.
La se foi um sonho meu.
Quisera o mundo, um simples Vilarejo.


Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá

Por cima das casas, cal
Frutos em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real

Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção

Tem um verdadeiro amor
Para quando você for


Composição: Marisa Monte, Pedro Baby, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes

29.4.06

Essa Paulista me conta cada coisa...!

Ontem estávamos para ir embora, ali no escadão, Paulista 900.
Aquele monte de gente em cima de andaimes montando um palco gigante para mais um daqueles shows, dessa vez para os Trabalhadores. Show que vai contar com celebridades que vão de Wanessa Camargo a Calypso, passando por Edson e Hudson e Floribela. Estupendo.
E aquela algazarra toda, uma hora da manhã na avenida movimentada, eis que me surge um senhor. É, um jovem senhor, com seus trinta e pouco, quem sabe quarenta anos.
Meio doido, meio bêbado. Mais doido, eu diria.
Entre um grunhido e outro, uma cuspida e outra, ele me disse que eu morreria antes dos 28, que ele via isso, via tudo, que minha morte ia ser de acidente, catástrofe, sei lá.
Na hora bateu uma angústia, "mas poxa, 28 anos?", depois, só o que eu pude dizer, foi:
- Eu sei, vou morrer amanhã. E vou nascer de novo mês que vem. Tá tudo programado já. Eu já morri 10 vezes. Tranquilo.

Saímos andando.
É estranho ouvir isso.
Terei de viver agora, três vezes por dia, pra ter valido a pena lá na frente.
Mais uma tarefa aí pra ser super super herói hoje em dia.

24.4.06

.seria o meu mundo; e só.

Excêntrico

4. Diz-se de ou indivíduo que age ou pensa de maneira original, extravagante, fora dos padrões considerados normais ou comuns.

23.4.06

Se és

Se tens meu beijo, é pelo gosto que guardo mofado em minha boca.
Se tens bebida ou nicotina é por fugir do que não quero mais.
Se canto é por tentar entender minha voz.
Se és beijo, és o que és. És nada além de uma troca obsoleta de prazer.
Por ora, verbo ser não existe.


Obrigada por todos os sorrisos.

20.4.06

38,5º

chocolate
nicotina
álcool
mau humor
café e água

a mistura perfeita para os dias de sol e de frio, outono.
parece que as pessoas atrasam o mundo.
acho que estou doente,
raiva, rubéola, tuberculose, anemia.

ninguém é obrigado a aturar comigo a minha febre.
então me desculpe, e desculpo você.

13.4.06

Eu ando pelo mundo sem direção

Depois de quase comer o bichinho da goiaba e ficar olhando aquele vai-e-vem frenético do corpinho dele, quase tive um treco. Parecia criança com lágrima no olho e desespero cardíaco.
Tão igual como terça agora, quando vi Zélinha entrar em cena e ser espetacular. Voz, violão, percussão, presença.

Tem coisas que simplesmente são demais.

8.4.06

Difícil mesmo é crescer

"Quando anoitece no Vale Encantado, fica só um fiozinho de luz vermelha lá no horizonte. E todas as crianças do mundo param pra ver o pôr do sol. Ah, o Deus das fadas fica tão triste se a gente deixa de ver o pôr do sol! A linha vermelha, puxa uma carruagem cheia de estrelas, onde está a Deusa dos Sonhos e seu pó mágico, que faz a gente pensar coisas lindas... Quando vocês estiverem tristes, pensem em coisas lindas: balas, travessuras, carinho, carrinho, beijo de mãe, brincadeira de queimado, árvore de Natal, árvore de jabuticaba, céu amarelo, bolas azuis, risada, colo de pai, história de avó... Quando vocês forem grandes e acharem que a vida não é linda pensem em coisas lindas. Mas pensem com força, com muita força, porque aí o céu vai ficar cheio de vacas gordas amarelas, cachorro bonzinho, bruxa simpática, sorvete de chocolate, caramelos e amigos. Vamos, vamos lá! Vamos pensar só em coisas lindas! Brincar na chuva, boneca nova, boneca velha, bola grande, mar verde, submarino amarelo, fruta molhada, banho de rio, guerra de travesseiro, boneco de areia, princesas, heróis, cavalos voadores... Ih! Já tá anoitecendo no Vale Encantado! Dorme em paz, minha criança querida. Vamos pensar em coisas lindas até amanhecer."

Oswaldo Montenegro



Difícil mesmo é ficar sem colo de pai; sem travessuras, árvore de jabuticaba, guerra de travesseiro, boneca velha. Princesa e Herói.
Difícil mesmo é crescer.

7.4.06

Desabafo: da mente para a alma

Explosão; conflito de sentimentos.

Eu acho que não gosto mais de você – estou em dúvida ainda - porque estou entendendo que só amar não adianta. Deve haver troca. Aquele papo de sempre. O que eu não sinto e não faço mais questão de insistir.
Foi construído um abismo entre a gente - aquele - e toda vez que eu tento lhe alcançar do outro lado, ou caio abismo abaixo ou você me diz para eu não tentar pular. Você me repudia.
Nossas idéias são contrárias, nossas vontades, nossas índoles, nossas dores, nossos amores, malícias. Nosso trato com as pessoas, nossa peneira do que é mais ou menos importante. Nosso relacionamento tornou-se impessoal, casual demais. Você se afasta dos meus abraços.
É difícil aceitar, mas por ora, é o que me tem cabido.
Desculpe, mas para esse cume, eu também acho que não volto mais.


Como diria Mario de Andrade: Amar é verbo intransitivo.

3.4.06

hoje não faz sentido

não é hora de chico, de gargalhadas, de bar leblon.
não é hora de cásper, de conversas, de festas.
não é hora de amigos, de fotos, de lembranças.
não é hora de organização, de tcc, de sonhos.
não é hora de música, de um drinque, de piadas.
não é hora de sentimentos, de ligações, de chocolate.
não é hora de teatro, circo, escadão.
não é hora de ansiedade, de dividir cumplicidade, de cigarro aceso.
é hora de nada.

parece que perdi o chão; eu, meu porto seguro, sumiu com meus valores. quero continuar acreditando no que sempre achei importante.
não anda fazendo sentido. vai acabar. jogarei fora minhas fotografias, vou descolorir a parede do meu quarto e não ler mais contos.
estou fechando um pouco a janela, embora sempre prefira dormir com a claridade.

fui, e não volto mais.

1.4.06

em branco

tem dias, por exemplo hoje, que eu não sei.
eu não sei, não ruim. apenas não saber; hoje; mesmo.

27.3.06

Saudade do que ainda já não foi.


Calçada enorme da vida.
Gente que te quero bem.
Estes andares deixam o céu mais perto.
E aqueles novos sonhos também.

Não me escape, oh dona. Esses últimos dias são tão nossos...
Engula-me asfalto adentro, mas não me esqueça numa outra avenida qualquer.

25.3.06

Tsc tsC tsC

Eu fico aflita
Eu rôo a unha
Eu tenho sede
Eu ouço um sax

Eu sorrio
Olho micro
Rôo unha
Escuto um sax

Eu tenho sede
Não tenho rede
Estou aflita
Ao som de um sax

Eu desconcentro
Volto e me sento
Estou aflita
Unhas não tenho mais

Estou corrida
Estou cortada
Não quero vida
Não quero nada

Me traz uma sede?
Eu tomo um sax.

2006.

22.3.06

Saudade.

Papai apareceu em casa, assim de surpresa, com uma pizza na mão e um chaveiro divertido pendurado no bolso. Quando cheguei, ele conversava sério com meu irmão – como sempre acontece – mas ao me ver abriu um sorriso, que foi saindo, saindo e ficou do tamanho do mundo, minutos depois.
Ele já não manja muita coisa lá em casa, esqueceu onde fica a água e não sabe qual dos controles remotos usar.
Pusemo-nos a conversar na sala, assistindo um programa qualquer em frente à TV nova; sobre assuntos de sempre: carreira, dinheiro, vida. Até falei um pouquinho de mamãe, fiz umas piadinhas um tanto quanto bobas, falei de um filme, ele de Globo; e foi papo sincero.
Eu sinto falta do meu papa, que anda barrigudo, mas todo charmoso com sua bermuda e tênis novos, de meninão. Cabelos enrolados como os meus, porém escuros. Olhar forte e grande gosto por palavras.
É... As coisas não são as mesmas, o conto de fadas dura, mas não para sempre e papai está começando a acreditar que eu cresci. Tá começando tanto que já impõe mil responsabilidades em meu teto. E está certo. Eu ouço tudo o que ele fala, com cautela, e assimilo. Inda bem.
Estávamos cansados, com sono, então o coloquei para dormir; no meu quarto. Ajeitei a cama, cobri com cobertor. Deitei um pouco ao seu lado, dei um abraço – o mais forte do mundo - e fui dormir também, na sala.
Hoje acordei, sozinha no meu mundo, dei tchau para mim mesma e fui-me.
Afinal, o dia é duro. E amanhã ele não estará mais aqui pra me segurar.

Saudade.

17.3.06

Flower não é flor

Eu acho que viver é isso: se firmar em um ideal e lutar por ele, mesmo sabendo que você vai pra guilhotina - dependendo do que tentar dizer por aí, aos quatro ventos.
Eu queria é ter um ideal. Eu nasci, mas não estou no mundo. Então meu ideal acaba sendo amplo demais; viver.
Ai, que confuso. Vou indo dormir.