21.3.07

Secreto

Choraste a minha morte quando ela não havia acontecido.
Chorei a tua morte até que se acabassem as pétalas secas da esmorecida rosa.
Embebedamo-nos de choro. Sufocamo-nos com nosso próprio orvalho. E ali se foi mais um vil trecho da vida. Bobo? Pura e despretensiosa.

Escondidos, continuam os segredos.
Preciso ler A Arte da Guerra.

13.3.07

incompleto

viajar meu inglês
treinar muito longe
procurar meu jazz
encontrar meu sapato
apagar meu vestido
despir minha planilha
tomar meu cabelo
cortar meu café
olhar exercício
fazer ao redor
amar muito menos
morrer muito mais

10.3.07

just a Letter

Eu lhes disse, ainda esta semana, que escreveria sobre a contagem das latinhas. Lucidez?
Se estamos sempre dividindo a cerveja no meio, a conta das latinhas pode, uma hora, dar um número ímpar. Você quis me confundir. Vocês não entendiam o que eu lhes falava.
Vocês riram de mim e me deixaram falando sozinha com o celular. Lembrei na hora de coisas do trabalho. Aquele Agente um dia ainda me pega de jeito. E eu bem vou gostar. Vocês riram de novo.
Nós rimos por belo tempo. Cogitamos a hipótese de parar. Apagamos. Como é bom dar risadas sem fim.
Mas no outro dia acaba? Fica tudo vazio? Depressivo. – Não exagere na dose, Mocinho.
- Sirva-se, temos uma porção de risadas na geladeira e no freezer. Você pode pegar algumas e beber cerveja frozen... Servido?
Eu estou sem memória. Bem mesmo, não lembro de nada. Isso já faz uns 4 anos... Congelemos memórias. Vamos inserir mais memória em nosso cérebro? Quantos k bytes?
Pára. Isso aqui virou loucura.

O que me resta são sonhos pré-definidos antes de dormir. São os sonhos com os quais decidi sonhar. Hoje (aquele dia) fiz isto.
Vocês me fizeram esquecer. E por agora, agradeço minha falha memória. Meu erro de sistema.
Quando nos juntamos de novo?

Loucos... Quero ser internada com eles.
Deveria, sim, existir Ctrl Z na vida. É uma questão de praticidade.

Beijos,