14.8.09

de logo ali pra lugar nenhum

- em q mais posso te ajudaR?
- ah seila. amor, fraternidade?
- peace and lov, woodstock
- bom, fala coisas pra aliviar a tensao
(...)
- vms viver alguma coisa?
vms sentir alguma coisa.
e que sejam coisas boas.
- ja vivi mto cazuza e chico
mta piração e poema
mta bebida e loucura
mta coisa pra nao deixar pra depois
mas sinto que vou me afogando e me enterrando ao mesmo tempo
só tenho coisas bonitas pra dizer, não pra mostrar
- caralho.
forte
fiz uma frase. olha so:
a vida é cinza se o céu está cinza. mas e se você for azul?
sem mais angustias confinadas em sambas
a gente eh triste, mas finge ser alegre. e no final, a gente nem sabe mais o que finge e o que sente de verdade.
pois é isso mesmo!
as coisas se misturam ate que nao sabemos mais quem somos

Mas pra fazer um samba com beleza (será que ainda?) é preciso um bocado de tristeza senão não se faz um samba não...

11.8.09

ME cobraram

Me cobraram inspiração, me cobraram jeito, me cobraram saúde.
Insistiram que o dia-a-dia é o que a gente faz dele, mas insisto em dizer que não em 100%. O dia-a-dia não é poético.
Mas ora, pode ser? Em meio a tudo isso que já sabemos, posso transformar meu início de gripe num marco de recomeço?
Leio Clarice, piro, releio, não entendo. E insistem em dizer que até Clarice às vezes não dizia nada com nada. Pra mim. Pra ela (uma terceira pessoa) poderia estar dizendo.
Riscos. Cobranças. Gripes. Inspirações. Quando penso nisso tudo até penso também que pode ser poético, vai.