8.2.17

6set16

Estamos prontos.
Hoje eu "volto" pra uma nova rotina, em paz.
Porque fiz você, produzi você, conheci você, aprendi a amar você e me tornei a pessoa mais coxa que eu conheço na face da terra. (não peça referências antigas pro papai e amigos da mamãe).
Dei uma abobada, aproveitei o fio da meada como desculpa pra por pra fora todo o sentimentalismo e choro canceriano que há dentro de mim.
Te ninei, te esquentei na coliquinha, te vi aprender a sorrir, te cantei e dancei todo meu repertório, te dei mamá, reclamei, cansei, pedi ajuda. Vi pela primeira vez de perto o que é um ser humaninho descobrir que tem mãos, dedos, e depois que isso serve pra pegar coisas, olha só, filho! Inaugurei suas gargalhadas, sua primeira fruta, suas primeiras papinhas (há males que vem para o bem, sábios diziam na minha demissão, rs). Suei fazendo sabores que você não gostou que tiveram que virar sopa pra papai e eu. Inventei mais formas ainda de falar que nem neném, usei minha veia teatral pra te contar histórias e fazer certas coisas serem menos doloridas.
Eu parei de fumar e encher a cara que nem uma desgraçada. Só não parei com o palavrão e agora esterilizo coisas. Estou aprendendo a ser mais humana e a assumir de vez no currículo a qualidade de "destrambelhada".
Passei por todos os processos e li o facebook inteiro de dicas infalíveis de como ser mãe imperfeita. E de aceitar logo isso. Nos amarão mesmo assim.
Tudo foi bem exaustivo e mês sim/mês não eu quase fiquei louca. Ora louca por deixar meu estilo workaholic, ora louca por você. Mas tratei de só postar coisa boa e divertida da gente - a mamãe tem um lado humorístico, ha.
Eu preciso dizer muito obrigada a todas as mãos estendidas que tive. (cada mão!). Eu preciso agradecer meu namorado que, entre uma cobrança minha e outra tem a doçura nos olhos e o amor que eu preciso pra meus filhos. E claro, está em busca da maneira menos torta de educar.
Enfim, este é mais um daqueles textos que eu escrevo e a galera fala pra eu criar um blog. Não consegui neste meio tempo. Entre fraldas e To Dos do dia-a-dia não tive tempo, ou saco. Nem a mexer no Snapchat - quero terceirizar.
Pra terceirizar, tenho que voltar a ganhar meu "faz me rir". Voltar a dar aquele gás e parar de comer chocolate entre um João e outro.
Ai, vou parar que tô perdendo o fio da meada querendo colocar muitas histórias em alguns parágrafos. O que seria possível numa pacata vida de interior, mas não com 8 meses de um João Marcos danadinho, espertalhucho e gato.
Eu não estou triste. Eu estou tranquila. Eu tenho facilidade com adaptações. Foi tudo do jeitinho que eu quis com João. Foi o lugar que eu queria ir. O que eu já tenho é saudade.
Estamos prontos, filho. Obrigada por me deixar passar por essa bifurcação nesta tranqüilidade. E vamos em busca de mais sabedoria.
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