(...) eu sou assim. Estou assim. (...)
Pensando naqueles anos todos, pensando nesta troca diária de qualquer lembrança que me (nos) venha a nos lembrar. Que me traga algum (aquele) conforto. Que me traga aquela alegria e paz de ter inteligência e engraçadice como essa perto de mim.
São anos dourados. Foram.
Desde pequena, desde o colégio, da queimada, do bailinho, da faculdade e da primeira empresa. Foram todos. Sure.
Mas hoje, justo hoje, voltando pra casa, ouvindo aquela música (qual era? era qualquer), lembrei daqueles anos dourados.
Hoje eu bebi com gente bonita, elegante e sincera. Gente bacana. Papo coxa, papo tranquilo, papo interessante. Vários papos. Aquilo tudo o que fazíamos.
Aff, quanto papo. Deixa eu falar! (me peguei falando isso hoje, ninguém muda - ninguém dorme)
Os anos dourados se repetem (por que eu sou assim?). Sim. E a cada vez que se repetem eu tento trazer alguma coisa do antigo pro novo. E insisto, até alguém aceitar (eu sempre acredito ser legal, oi?)
Porque sempre farão falta. Porque sempre serão importantes. Porque sempre, nunca deixarão de ser dourados e tomar outra cor. São dourados na minha cabeça. São dourados quando eu visualizo. São dores e são corados cheios de alegria, alergia. De estórias pra contar, de se passar de geração em geração.
Hoje eu vim para casa pisando fundo como sempre. Olhando a mesmice das pontes e paisagens. 20 minutos.
Quase fiz o mesmo caminho.
Mas não fiz.
Quase fiz.
Mas o caminho agora é outro
Mas o caminho agora é outro
E sempre em busca destes novos, e velhos, anos dourados.
Entendeu?